Nesta segunda-feira (12), o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou que os cálculos de queda nas projeções de inflação possibilitam que o órgão inicie o processo de corte da taxa básica de juros do país (Selic), hoje fixada em 13,75% ao ano. Porém, ele também relatou que o BC não tomará decisões precipitadas ou de forma artificial sobre a questão.
“Temos que manter a inflação sob controle. O trabalho está sendo feito e entendemos que está no caminho certo. Há um cenário bom, com crescimento sendo revisado para cima e inflação sendo revisada para baixo. Isso abre espaço. Estamos perto da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), eu sou um voto de nove, e não posso adiantar nada do que pode ser feito”, disse durante evento promovido pelo Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), em São Paulo.
Nesse caso, o presidente do BC referia-se às expectativas anunciadas nesta segunda pelo Relatório Focus, o qual consultou cerca de 150 instituições financeiras. Os cálculos para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 2023, saiu de 5,69% para 5,42%, enquanto que o Produto Interno Bruto (PIB) subiu de 1,68% para 1,84%.
Campos Neto pediu que empresários tenham "paciência". “Entendendo a insatisfação com os juros, mas é preciso ter paciência. Entendo que as empresas estão sentindo muito, algumas mais que outras, e vamos fazer uma força para atingirmos um ambiente de estabilidade para todos o mais rápido possível, mas fazer isso de forma artificial não alcançará o resultado esperado”, declarou.
O presidente do Banco Central reiterou que a obrigação da política monetária é fazer com que a inflação atinja a meta estabelecida pelo governo, hoje fixada em 3,25%. “Tentamos fazer o processo da maneira mais rápida para ter o mínimo de dor possível”, concluiu.
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